CORAÇÃO QUE CHORAVA

Como dormir não conseguia

na noite,que tão lenta passava,

com ansiedade,a espera do dia

que tão longe de mim estava.

Enquanto a insônia prosseguia

tempos do passado recordava,

misturando com a fantasia

a mente,na época retornava.

Naquela madrugada tão fria

que tantas estrelas brilhava,

com a tremenda solidão,me parecia,

que o coração,no peito chorava.

Para amanhecer logo eu pedia

pela claridade implorava,

era então,o fim da minha agonia

o único veneno que a matava.

Tanta espera,enfim aparecia

o sinal do sol que despontava,

suave clarão,tudo que queria

com ele, a insônia terminava.

Era uma febre que me ardia

que no fundo da alma suava

como uma lança que feria

a minha sina tão escrava.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 09/08/2007
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