CORAÇÃO QUE CHORAVA
Como dormir não conseguia
na noite,que tão lenta passava,
com ansiedade,a espera do dia
que tão longe de mim estava.
Enquanto a insônia prosseguia
tempos do passado recordava,
misturando com a fantasia
a mente,na época retornava.
Naquela madrugada tão fria
que tantas estrelas brilhava,
com a tremenda solidão,me parecia,
que o coração,no peito chorava.
Para amanhecer logo eu pedia
pela claridade implorava,
era então,o fim da minha agonia
o único veneno que a matava.
Tanta espera,enfim aparecia
o sinal do sol que despontava,
suave clarão,tudo que queria
com ele, a insônia terminava.
Era uma febre que me ardia
que no fundo da alma suava
como uma lança que feria
a minha sina tão escrava.