Não sou nada

Na fragilidade do ser

Na imensidão do universo

Sinto-me um nada

Um ser imensurável...

Não sei o motivo

De aqui estar

Tantas indagações

Parecem me maltratar...

Sei que nada sou

Nada significo

Diante da grandeza

Invisível eu fico...

Como que um ser superior

Iria se importar com tão pouco

Esta grandeza humana

Só a enxergam os loucos...

Dou pouco por mim

Neste leilão da existência

Aqui viemos para sofrer

E admitir nossa impotência...

De seres superiores nada temos

Simples formiguinhas somos

Até elas muitas vezes conseguem mais

Que os ditos humanos presunçosos...

Sei que nada sou

Minha tarefa está terminando

Como a desempenhei já nem sei

Bem mal acabei rascunhando-a...

Vou, nada levo nas minhas mãos

Vão vazias e pálidas

Como meu rosto transparente

Espero que tudo ocorra de repente...

Porque sou covarde

Tenho medo do fim

Tanto pavor fez de mim

Simplesmente um nada...

Luna MG
Enviado por Luna MG em 08/08/2007
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