Dois
Não sei porque nos esbarramos,
nessa fria madrugada de sábado,
logo quando a rua está tão silenciosa,
não há estrelas no céu agora,
apenas o brilhos dos teus olhos,
quem sabe seja o destino,
o que querem dois corações solitários?
o que querem dois espíritos perdidos?
apenas encontrar um abraço...
Não tenho todas as respostas,
nessa desolada estação de trem,
logo quando a bilheteria já está fechada,
não há passagens para a próxima viagem,
apenas teus sonhos conduzindo nossos passos,
quem sabe seja alguma divindade brincando,
o que procuram dois abandonados na vida?
o que procuram dois esquecidos do tempo?
apenas encontrar um consolo amigo...
Não tenho esperanças certeiras,
nessa jornada de desalentos,
logo quando nem lembro o último sermão do padre,
não há salvação prevista nas próximas horas,
apenas nós dois aqui cruzando olhares,
quem sabe seja algum cupido errante,
o que desejam duas tristezas reunidas?
o que desejam dois medos incontornáveis?
apenas encontrar um sorriso ao nascer do sol...