VERSOS DE SUICÍDIO - Poesia Nº 22 do meu 5º livro "Resgate"
VERSOS DE SUICÍDIO
Gravata da morte no pescoço
Teve auxílio d’um ser infernal,
Ficou da vida só um esboço,
Pendurado, numa obra final!
II
Vida que se perde, quando a lança
De grande altura, é uma loucura!
Se aceitas o mal, sem esperança
Em teu Deus; ah, mais nada o segura!
III
Sangue que emana dos pulsos, lento,
Gotejando, é um fim tão inglório,
Vai levá-lo sem ter sofrimentos?
Creias, é o inferno em purgatório!
IV
Quem viu quase não se acreditou,
Na trágica ação que o homem fez...
Na frente d’ um carro se jogou,
Sem dar chances pra vida outra vez!
V
Como se fosse o vinho gostoso
No cálice, o homem lhe tragou.
Mas era veneno poderoso,
Que ali mesmo a vida se acabou!
VI
O que pensam esses suicidas?
Uma forca, um corte, um pulo
No vazio. Tão fácil tirar vidas!
Neles, o respeito à Deus é nulo?
VII
O que pensam esses suicidas?
Os venenos, o carro da morte
Na estrada. Mentes impelidas
E por quem, neste desejo forte?
Eduardo Eugênio Batista
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