Farrapos...

Deito sobre os meus farrapos
E timidamente eu adormeço,
E na fatidiga do abandono me abstraio
Como um alento dentro de mim.

Já que os sonhos que sonhei
Morreram todos sem ilusões,
Partiram sem donos, e sem alardes,
Quietos, agonizando entre si.

E as horas no tempo vão se abatendo
Deixando em mim as sombras de tuas lembranças
Quando eu imaginava, tudo já ter morrido,
E ouço o fantasma de tua voz outra vez...

Assim, acordo a memória do  tempo da dor
E trinco as mãos, com tal amargura,
Quando te sinto em pequenos gestos, 
E assim, vou te compondo no meu verso.

E nessa ilusão, onde me assola a vida,
Eu  morro com os sonhos que  sonho e vivo
Desde quando te concebi num sonho,
A ilusão de amar-te eternamente!.

 
Mardielli
Enviado por Mardielli em 12/04/2017
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