Desalento
O gado magro seguia ela
Que debaixo da lua azul brincava
De catar raios de luz na poeira
Fingindo que não flertava
Ô, Sínhô, trás paz pras campinas!
Colore as estrelas de novo
Manda um anjo à menina da colina
Cate a tristeza que dói no seu povo
E nessa linha reta da noite no vão
Se acanham tristes os violeiros
Faz dar água no sertão
Onde já nascem meninos guerreiros
Tem dias nos olhos dela - a menina
Que finge não flertar com o tempo
E se assusta no verso sem rima
E passeia à noite, sob o céu... No vento