DESENHADOS EM MISÉRIA - Poesia nº 65 do meu quarto livro "ECLIPSE"
Triste é esse dia de um fim em morte de fome,
Que em sua tristeza maior ainda, finge o viver;
É a miséria do ser humano que não tem nome,
E no mais profundo lamento vemos acontecer!
Infeliz, sorri! É o farrapo que devagar caminha
Por ter liberdade, mas para ninguém o agredir;
Por este fado que aos nossos olhos, se aninha,
Os mesmos olhos vêm às minhas mãos, pedir!
Não tenhas nojo, apenas dê a sua contribuição.
Planeiem estar no lugar desta pessoa sem sorte
Que de tão humilde, aceita sua pobre condição
Por simplesmente não obter ajuda, braço forte,
A tirá-lo do sofrimento que nos corta o coração,
Antes que a própria raça seja o pavor da morte!
Eduardo Eugênio Batista
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