DUAS MORTES - Poesia nº 62 do meu quarto livro "ECLIPSE"

Os laços destas memórias que me habitaram,

Em tantos vales floridos por onde o encontrei,

Não o salvaram da morte, qual nunca esperei,

Porque com ela nossos corpos se sepultaram!

E se algo, em sua alma eu ainda encontrasse,

No mais longínquo do verdadeiro sofrimento,

Não condenaria a voz sagrada do firmamento,

Por culpa da paixão, que de ti, me separasse!

Mas oh Deus! Privastes-me do maior sentido!

Findou-me nesta viagem. De ti não mais vivo,

Pois, das misericórdias não tenho esperanças!

O meu coração que em tua morte foi atingido,

Caiu em tristeza. É disso quê à vida me privo!

Foi o seu adeus nos meus braços, tão criança!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 28/03/2017
Reeditado em 28/03/2017
Código do texto: T5954879
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