DUAS MORTES - Poesia nº 62 do meu quarto livro "ECLIPSE"
Os laços destas memórias que me habitaram,
Em tantos vales floridos por onde o encontrei,
Não o salvaram da morte, qual nunca esperei,
Porque com ela nossos corpos se sepultaram!
E se algo, em sua alma eu ainda encontrasse,
No mais longínquo do verdadeiro sofrimento,
Não condenaria a voz sagrada do firmamento,
Por culpa da paixão, que de ti, me separasse!
Mas oh Deus! Privastes-me do maior sentido!
Findou-me nesta viagem. De ti não mais vivo,
Pois, das misericórdias não tenho esperanças!
O meu coração que em tua morte foi atingido,
Caiu em tristeza. É disso quê à vida me privo!
Foi o seu adeus nos meus braços, tão criança!
Eduardo Eugênio Batista
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