FUNDO DO POÇO
Não estou em mim .
Dispersas solidões ,
espaços imensos ,
casas , janelas , jardins ...
e os poços cartesianos
onde sobem e descem
os baldes cheios de fel ,
trazem a ausência maldita
que singra por minhas veias ,
desmerecendo o respirar .
Venoso coração proscrito ,
nenhum escrito te salva !
Entrego-me morto ,
o corpo torto ,
o luto nosso .
Fundo do poço .
Amor que não posso ...
Não estou em mim .
Dispersas solidões ,
espaços imensos ,
casas , janelas , jardins ...
e os poços cartesianos
onde sobem e descem
os baldes cheios de fel ,
trazem a ausência maldita
que singra por minhas veias ,
desmerecendo o respirar .
Venoso coração proscrito ,
nenhum escrito te salva !
Entrego-me morto ,
o corpo torto ,
o luto nosso .
Fundo do poço .
Amor que não posso ...