A CADA BATIDA

Lembrança da noite entrando nas raízes
Quebram o ritmo do seleto grão
Magoei e decepcionei no gosto da boca com alegrão
Nas folhas mortas na terra vermelha que dizes.

Nas cordas da oração em permanente partida
Anunciam meus pés entediados e infelizes
Perdoe-me pois regressou com sorrisos nas avenidas
Planos do amanhã nas ondas da insônia dos aprendizes.

Projetando pegou o candeeiro da lembrança
Uma ausência esculpida no molhado pavio da infância
A cada batida apaga as chamas do rio na abundância
Na procura da cura da saudade com lágrima na distância.

Feito da vida uma lamparina vã
O dia amanhece calado
Desarruma com águas do amanhã.
11:34, 19-03-2017, Jey Lima Valadares, Itagibá
Jey Lima Valadares
Enviado por Jey Lima Valadares em 20/03/2017
Código do texto: T5947030
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