TUDO PASSA - Poesia nº 50 do meu quarto livro "ECLIPSE"
Já somados em dois
E que aqui, estamos,
Nesta luta pela
Fria compaixão...,
Pertencemos ao nada,
Desses seres de um adeus
Que se arrastam na solidão,
Em vagabundas madrugadas...!
Tortos caminhos da vil e fatal injustiça
Que se fez retidão, a nos tratar por igual,
Sem eu a merecer, porque é nesta doença
Maldita e incurável, que se abrem os olhos
Para vermos o que realmente é o padecer...!
Destino que nos acolhe aos prantos,
Mas querendo em troca de piedade
O respeito pelo castigo da sua traição.
Tu foste um vencedor nas aventuras,
Porém, um derrotado pelos assédios,
Desejos e fome, da dita infidelidade!
Agora, tu és uma profunda amargura.
Quantas vezes te avisaram
Ó meu triste companheiro,
Para você amar apenas
A mim e ao meu coração!
Já não ando mais!
Já não falo muito!
Já somos o nada!
Estou igual a você, sofrendo,
Tudo porque a cobiça sexual
Engoliu a sua vã consciência...
E agora é tarde, tarde demais...
Mas tudo passa, tudo passa...!
Eduardo Eugênio Batista
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