Ainda há vida
Há na alma um longínquo gemido
adágio de Chopin
aflorando latências
de uma verve ignorada
asas calcinadas...
há também, um destino emparedado
por perfumes fugidios
de uma roseira matutina
onde o esteio da mão
carpe em surdina seu horto de lágrimas...
há o sorrateiro disfarçar
da dor de quem sabe com renúncias
compor um caminho
absurdo de quem se recusa
a procrastinar o amor...