Spleen de hoje
A crise spleena hoje, ontem, agora
Existencialmente parada, mas a tralha toda me estraçalha
por dentro
Minhas narinas choram
meus olhos acompanham com varocidade
e te guiam de longe
Caminho fumando e cantando
e pensando
Não paro de pensar
Minha mente não me deixa em paz
Minha cabeça explode a cada cinco segundos
Ela queima, solta faísca, arde...
Difícil seguir meus conselhos
Nem sempre é exatidão
Às vezes é falha
A gente cansa...
Uma hora a gente cansa...
O querer consome meus órgãos
Eu sinto secarem, sinto contraírem
meu rosto se torna apático
Minha voz, sem voz
Meus ouvidos? Ensurdeceram
meus olhos só veem o mundo invertido...
E nele você não está.
Esse lugar é sombrio, gelado e vazio
Vazio de tudo
tudo.