Spleen de hoje

A crise spleena hoje, ontem, agora

Existencialmente parada, mas a tralha toda me estraçalha

por dentro

Minhas narinas choram

meus olhos acompanham com varocidade

e te guiam de longe

Caminho fumando e cantando

e pensando

Não paro de pensar

Minha mente não me deixa em paz

Minha cabeça explode a cada cinco segundos

Ela queima, solta faísca, arde...

Difícil seguir meus conselhos

Nem sempre é exatidão

Às vezes é falha

A gente cansa...

Uma hora a gente cansa...

O querer consome meus órgãos

Eu sinto secarem, sinto contraírem

meu rosto se torna apático

Minha voz, sem voz

Meus ouvidos? Ensurdeceram

meus olhos só veem o mundo invertido...

E nele você não está.

Esse lugar é sombrio, gelado e vazio

Vazio de tudo

tudo.

Rayssa Êvang
Enviado por Rayssa Êvang em 16/03/2017
Código do texto: T5943245
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