A beleza de ser infeliz
Cubra-se!
Vista seu rosto com tule negro
O seu corpo é o mal
Que nasce das mentes doentias
Cubra-se!
Porque suas curvas trarão o selvagem
Farão com que ele a tome
A rasgue
E a jogue numa vala vazia
Cubra-se!
A beleza não pode ser vista
Não és digna de existir
"Pois em vós habita a serpente"
Ele disse...
O pecado
O insano
E o fez rodopiar!
Mas cubra-se, ouviu ela da mãe
Feche as pernas
Sorria menos
Recate-se
Pois a culpa é sua
Por existir.
Por ser mulher
Cubra-se!