Trapo
Depois de tudo,
Agora chegas assim
De repente,
Inquerindo-me,
Querendo saber por onde anda
Aquele sentimento
Tão intenso e verdadeiro
Que um dia, inteiramente,
Foi entregue a ti...
Não deveria,
Mas vou te dizer.
Depois que fostes pra longe,
Com imensa dificuldade,
Pedaço por pedaço, o recolhi...
Por algum tempo,
Sem sucesso,
Tentei colá-lo.
Fiz o que pude,
Mas, como foi impossível
Re-costurá-lo,
Deixei-o emendado
Lá no fundo do armário...
No começo,
Tentei não amassá-lo,
Para não maltratá-lo ainda mais.
Mas, com o tempo,
A saudade deu lugar à realidade
E, por muito pouco,
Quase dele me esqueci...
Dia desses,
Procurando por outras lembranças,
Encontrei-o entulhado,
Sujo, aos pedaços, empoeirado,
Em meio ao mofo,
Era quase um trapo...
Não fosse o olhar tristonho,
Não o reconheceria...
Mas o reconheci.
Não estava muito diferente
De como fiquei
Quando tu te fostes de mim...
Depois de tudo,
Agora chegas assim
De repente,
Inquerindo-me,
Querendo saber por onde anda
Aquele sentimento
Tão intenso e verdadeiro
Que um dia, inteiramente,
Foi entregue a ti...
Não deveria,
Mas vou te dizer.
Depois que fostes pra longe,
Com imensa dificuldade,
Pedaço por pedaço, o recolhi...
Por algum tempo,
Sem sucesso,
Tentei colá-lo.
Fiz o que pude,
Mas, como foi impossível
Re-costurá-lo,
Deixei-o emendado
Lá no fundo do armário...
No começo,
Tentei não amassá-lo,
Para não maltratá-lo ainda mais.
Mas, com o tempo,
A saudade deu lugar à realidade
E, por muito pouco,
Quase dele me esqueci...
Dia desses,
Procurando por outras lembranças,
Encontrei-o entulhado,
Sujo, aos pedaços, empoeirado,
Em meio ao mofo,
Era quase um trapo...
Não fosse o olhar tristonho,
Não o reconheceria...
Mas o reconheci.
Não estava muito diferente
De como fiquei
Quando tu te fostes de mim...