Rasgando o peito

Rasgando o peito.

É assim, desse jeito.

expulsando qualquer resquício,

dispersando o desperdício,

realizando a faxina.

A dor que ainda dilacera

nada mais espera, precisa sair.

Um amor que não sabe ficar,

por não ter achado seu lugar,

precisa, urgentemente, partir.

Amarga sina.

E aquilo que não posso conter,

desprendendo de meu sofrer,

há de ser consumado

em cada pranto derramado.

A lágrima ensina.

AMADEO GUIMARAES
Enviado por AMADEO GUIMARAES em 05/03/2017
Código do texto: T5931025
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