Ave pensamento
Tire o olho da minha loucura
Não meta o dedo nos meus mitos
Nos ritos em que acredito;
Não bloqueie meu bloco
Já tão bloqueado e medonho
Por sonhos dantescos
Nessa avenida invertida,
Nesse carnaval insano.
Os tambores da insensatez?
Que rufam em outra Sapucaí.
Pro inferno essas alegorias sem alegrias
Que depenam as aves
Que morrem de tristeza e frio...
Sob as nuvens impetuosas
Elas, que singravam, sangram,
Agonizam nuas e cruas...