Certamente foi o vento

Choro, apenas como os homens choram.

E nem me importo,

Se sou como uma criança.

Meus olhos,

Nunca conheceram tanta tristeza.

Meu coração,

Bate descompassado,

Dando voltas dentro do peito.

Meu corpo,

Se contorce num ritmo alucinado.

E meu espírito,

Se definha dentro de mim.

Até a lua no céu,

Parece ter um tom sombrio.

A saudade me aniquila,

E tenho vertigens.

Pois todo o meu ser,

Se compadece da solidão da minh’ alma.

Se ao menos soubesse,

Qual a hora certa,

Correria para os teus braços,

E inundaria minha alma árida,

Como a doce expectativa dos teus beijos.

Ou fugiria com certeza,

Se tivesse onde me refugiar,

Onde quer que eu me vire,

Dou com a cara com a realidade.

Porque eu caminhando...

Só chego aos teus braços.

E pensando...

Só chego ao teu coração.

E os anjos,

Tangem sinos ao nosso amor.

Então não permitas,

Que o vento afugente a minh’ alma.

Então...

Jorge Antonio Amaral
Enviado por Jorge Antonio Amaral em 21/02/2017
Reeditado em 19/12/2017
Código do texto: T5919830
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