Certamente foi o vento
Choro, apenas como os homens choram.
E nem me importo,
Se sou como uma criança.
Meus olhos,
Nunca conheceram tanta tristeza.
Meu coração,
Bate descompassado,
Dando voltas dentro do peito.
Meu corpo,
Se contorce num ritmo alucinado.
E meu espírito,
Se definha dentro de mim.
Até a lua no céu,
Parece ter um tom sombrio.
A saudade me aniquila,
E tenho vertigens.
Pois todo o meu ser,
Se compadece da solidão da minh’ alma.
Se ao menos soubesse,
Qual a hora certa,
Correria para os teus braços,
E inundaria minha alma árida,
Como a doce expectativa dos teus beijos.
Ou fugiria com certeza,
Se tivesse onde me refugiar,
Onde quer que eu me vire,
Dou com a cara com a realidade.
Porque eu caminhando...
Só chego aos teus braços.
E pensando...
Só chego ao teu coração.
E os anjos,
Tangem sinos ao nosso amor.
Então não permitas,
Que o vento afugente a minh’ alma.
Então...