A Dor da Falta (Do Abraço)
Outra vez preciso de abraço, mas ninguém está ao meu lado agora para saciar minha necessidade. Minha necessidade pelo abraço insiste em vir quando não tem ninguém ao meu redor. O nó na garganta insiste em apertar nos momentos menos desejados. E a beleza e a rima das linhas vai-se embora por uns curtos ou longos momentos… Porquê os sentimentos, quando chegam de supetão não dão espaço para beleza e a mesmo que desse, da mente se esconderia a beleza. A tristeza pode se converter em poema assim como um belo poema pode se converter em tristeza; a tristeza não é tão bela quanto a dizem, me corrijo e digo agora que a tristeza é tão bela quanto a dizem, mas a poesia que nela se encontra é terrível e demasiada dolorosa. Precisei do abraço, não o tive, não o encontrei, então me apartei dele por mais um tempo até que receba um abraço amigo que não causará o mesmo efeito que causaria nesse momento de precisão extrema. Dormirei com a falta do abraço apertado de qualquer pessoa no mundo disposta a socorrer-me de tal dor doída que já não faz-me causar uma ferida, mas ainda dói na vida.