SEM NINGUÉM

Tudo poderia ser feito,
Para que ela não morresse,
Daquele jeito,
Miseravelmente precoce,
Sem tomar posse,
Dos lampejos de felicidade,
Que a vida oferece.
Mas, não foi feito nada,
Para o seu alento,
Para que ela florisse,
Candidamente sentisse,
As primaveris nuanças,
No seu universo criança.
Nada foi feito,
Para causar poético efeito,
Nos seus momentos,
Fazê-la crer em encantamento.
Ela, ali, sobre a rubra terra,
Vítima da “santa” guerra,
Sem Alá, sem Maomé, sem ninguém.
E pela estranheza do ar,
Pela falta de harmonia,
Pelo socorro que não vem,
Parece que nada vai mudar,
Na desamparada Síria.
...
Uma pergunta ecoa no ceu cinzento,
                       ...A culpa é de quem?