Casa Vazia
E a janela fechou para as noites e os dias,
Olhar mirou outros horizontes, e a poesia;
Foi absorvida, por outros seres distantes,
Aplaudida ou não, segue, tão exuberante.
Aquarelas permanecem naquelas paredes,
Há tantas imagens, flores e até uma rede;
Há um mundo, em cada cômodo da casa,
Raspas de tintas, luzes, e barulho de asas.
Sei, é minha imaginação, há só o silêncio...
Mas ouço seus passos, sua voz, respiração,
E sente o toque calejado dessas tuas mãos;
Cada folha, cada pétala bordada por teu fio.