Reforma no meu castelo
É hora de deixar tudo se diluir
Permitir tudo se dissolver
É hora de aceitar o destino
Não aquele construído
Justamente o desconstruído.
É hora de deixar partir o que não quer ficar
Deixar voar o que não for permanecer.
É hora de abandonar todos os sonhos, quimeras.
Hora de esquecer o mantra "quem me dera".
Porque não basta tanto amor e esperança
Se tudo se dilui no rio da ilusão.
Se ele não quer ir, não quer ficar, não quer contar.
Se ele não sou eu, se ele mantém o passo, eu corro.
É hora de deixar morrer todos os planos só meus,
Planos pra nós, sonhos de nós, feito unilateral.
É hora de sacudir a cabeça para afastar essas cenas,
Pra afugentar todas as cenas de carinho que criei.
Parar de acordar e o primeiro pensamento ser nós.
Focar em sonhos que dependem só de mim,
Entender que sou só, sou eu e sou feliz assim.
Sou sim, eu sei! Hora de tirar de mim a certeza
De que minha felicidade poderia preencher nós dois.
De que meu carinho seria o suficiente pra um futuro,
De que minhas boas intenções moveriam o mundo.
É hora de acordar! Também é difícil.... É duro...
Levantar a cabeça, estancar o coração que sangra,
E criar um novo futuro, mais sóbrio, só meu.
20/01/2017