Desabafar Poético II
Estou desanimada e penosa,
As coisas que me acontecem...
Tiram-me do brilho a tez
Tiram-me do sol os dias
E a lua de minhas noites;
cometo erros entre perdões e desapegos,
Lágrimas negras que caem
Junto a uma negra túnica de covardia,
Os dias não são mais os mesmos...
O frio faz sobre o rosto fúnebre
entre os sorrisos amarelos catacúmbios
Da ironia e da desilusão
e eu já nem sei o que é real,
O que é farsa o que é utopia...
Apenas sei o que é solidão;
E a cultivo cada dia
Em que sem ti fico rezando
Ao desapego entre traições solitárias,
Cantando sozinha uma canção
Chorando sozinha uma paixão
Rezando para não ser amor
Tremendo solitariamente em temor...
Por apenas estar sem você,
Sem seu cheiro... Sem te ver.