Não sei quem sou.
E essa vontade de ser quem não sou...
Como controlo meu existir?
E todas as vontades que não sei de onde vem...
e as noites que não durmo,
para onde vão os meus sonhos a noite?
Quem eu deixo me tocar senão a mim?
Quem sou eu na fila do pão?
Não existem muitos modos de fugir agora
Exceto todos aqueles planos que já cansei de traçar.
Sem executar, só traçar, com giz em canto qualquer...
Eu não sei recorrer a ajuda quando preciso.
Não sei quem eu sou, e me desespero.
Não sei para quê, nem onde, se fico ou vou...
Eu não sei muitas coisas.
Eu sei.
E não sei.
Quantos silêncios eu ainda vou matar?
Quanto mais, ainda...?