ALEPPO
A chaga da humanidade
Escancarada aos quatro ventos,
É a dor, é a ruína,
As torturas e lamentos
Sentimentos misturados
À total destruição.
É metástase que se alastra
E fica fora de controle,
Onde um pai, sem ter caminhos,
Que matar a sua prole
Para livrá-la da maldade
Do poder da maldição.
A criança de Aleppo
Já não chora... Indiferente,
De olhar triste e vazio,
Só o medo em sua mente,
Perde lar, perde família,
Perde a pátria – rico chão!
Aleppo é a certeza
De desmandos e impunidades,
É a força – pelas armas,
Sobre povos e cidades,
É a morte... É a desgraça,
É mordaça... Inanição!...
(Maria do Socorro Domingos)
João Pessoa, 20/12/2016