Deusa fatal

Vejo que fui

Em suas mãos

Um brinquedo qualquer

Para satisfazer

Seus desejos de mulher

Quando queria

Aliviar

A fúria carnal

Juntando o pecado

No ato final

Sabendo extrair

De mim

A última gota do mal

De me entregar

Sem controle total

Aos seus caprichos

De deusa fatal

Que expele o veneno

Na cara de pau

Sorrindo e gozando

Do pobre mortal

Que se entregou sem saber

Como seria o final

E agora o despreza

Isola

Esse mesmo animal

Que usou e abusou

Extraindo afinal

Todo o orgulho

De macho real

Que ficou se sentindo

Um babaca sem sal

Que foi só mais um

De uma coleção sem final

De troféus que exibe

Toda orgulhosa

Sentindo-se a tal

José Paraguassú
Enviado por José Paraguassú em 18/12/2016
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