Rendição

O espaço à minha volta me restringe,

Meus sentimentos se comprimem...

Sinto um claustro dentro do peito

De súbito, o ar se torna rarefeito.

Uma angústia fremente se esgueira

O breu me cega... o terror me cerca.

De repente, sou uma pilha de destroços,

É tanta dor dilacerando-me os ossos.

E minha covardia me faz refém

Dessa penosa sensação de abandono.

Como amarras o medo me prende

Sem esperanças minh’alma se rende.

As cores escorrem pelas paredes

E a vida se torna um grande borrão

Tudo que amei vira poeira ao vento

Uma poesia regida por pesar e lamento.

Sil Castilho
Enviado por Sil Castilho em 08/12/2016
Reeditado em 09/01/2017
Código do texto: T5846972
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