L'obscurité des carrés.
Aceitei minha condição de chão
De silencio à empatia das baratas
Essas que passam sobre meus pés
Porém, desaceito os cantos
Do quão não me agrada as pessoas
Serem tão disfarçadas de dependes.
Não vivo achando que sei de algo
As vezes creio que nem vivo
Nem desvivo como os ancoras
Nem quanto os cantores de Cool Jazz
Tampouco sou açoito de amores
Dos casais amontoados nas praças
Rezando para ganharem padrinhos
Saindo em montes nos carros cinzas
Mas quem deras eu ser um pouco afoito
Querer ter um amor de abraços soltos
E perpassar todas as dúvidas da cabeça
Para um lugar e deixar lá trancado
Que ilusão, as coisas são rápidas
Aqui até a saudade é alugada
Que ilusão, mas ainda me afeta.
Nesses lugares ainda existem velhos
Mas a juventude acabou com a vida
Pois deixaram escrever-se sobre tudo.
Os paralelepípedos são sujos de tinta
E há cores por todos os três lados
Mas são cores de propaganda engordurada
Eu não gosto dessa coisa fajuta.
Há sorriso em todo canto desta praça
Há pessoas bem vestidas e alinhadas
Existem gravatas enroladas nas arvores
Alguns confetes saem das lixeiras
Mas é tudo uma maneira de deixar-se
São felizes, mas sabem de muita coisa
São felizes, mas descontentes sem saber
São alguma coisa que fingem ser
Parecem-me com o tempo do Fado enganado.
E eu fico sadicamente tristonho
Apenas tristonho e cabisbaixo
Esperando que se toque um sino
Avisando para todos voltarem as casas
Assim terei saído dessa maldade moderna
E voltado ao teto da melancolia.
Mas engano-me em crer numa escapada
Sou tão estúpido quanto penso ser
Pois estou aqui sendo mais um sentado.