OCRE
Sou o ocre densamente vazio
Lhe mistifico e me desequilibro
Corto o fio
Em suas mãos perco a direção
Regrido
Desestabilizo-me
Fico na proa de algum querer
Em seu equilíbrio me desalinho
Corto a linha tênue
Fico sem prumo
Sobrevoo o rio perene e solitário
Onde em margens opostas estamos eu e você