Por Onde

Quando o escurecer apodrece minha luz.

Eu me esqueço e junto pereço.

Pergunto ao meu projeto de criação

o que fazer com esse sentimento de

condição.

Se ele é minha áurea,meu total em ser eu.

É onde mora minha essência.

Quebrada no abismo e sua área.

Sem fundos.

Onde todos caem.

Plano em posição de cair.

Feto de Spectro especial.

Mas alguém que não é de fato superficial.

Brota ainda em mim meu completo

e natural.

Só que surdo e mudo.

Choro invisível.

Tolo e inesperável.

Do previsível descrente.

Triste e inenarrável.

Só dilato mas não deságuo.

Sou apagado com cores geladas.

Nubladas e desinfladas.

A poção do expoente se perde vira

e se torna ausente.

Desejo a verdade possuir e isso me

contribuir.

Valer do saber minha existência

Fazer do meu ponto voltar a ser

reticencia.

E com isso estabelecer meu nutrir.

O meu ressurgir.

Minha ave fênix.

Mastigar das cinzas.

Como um sub filhote vindo

do oco ovo do infinito.

Onde se tem fome de semente.

E por lá isso ser escasso.

Mas vivo e sobrevivo.

Tenho alma e isso não me escapa.

Faço do meu dizer um soar.

Que mesmo que dolorido possa

eu gritar.

E soltar de meu convívio meu velejar.

E não mais ser o que abana os romances

em capas empoeiradas longe de si.

Meu consultor de mim.

Meu retrocesso do avesso desamassar.

Não ser mais fantasma da fantasia e seu

hecto plasma.

Não ser o futuro estranho sem nobreza

só atando e fora de correnteza.

Diego Porto
Enviado por Diego Porto em 30/11/2016
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