Por Onde
Quando o escurecer apodrece minha luz.
Eu me esqueço e junto pereço.
Pergunto ao meu projeto de criação
o que fazer com esse sentimento de
condição.
Se ele é minha áurea,meu total em ser eu.
É onde mora minha essência.
Quebrada no abismo e sua área.
Sem fundos.
Onde todos caem.
Plano em posição de cair.
Feto de Spectro especial.
Mas alguém que não é de fato superficial.
Brota ainda em mim meu completo
e natural.
Só que surdo e mudo.
Choro invisível.
Tolo e inesperável.
Do previsível descrente.
Triste e inenarrável.
Só dilato mas não deságuo.
Sou apagado com cores geladas.
Nubladas e desinfladas.
A poção do expoente se perde vira
e se torna ausente.
Desejo a verdade possuir e isso me
contribuir.
Valer do saber minha existência
Fazer do meu ponto voltar a ser
reticencia.
E com isso estabelecer meu nutrir.
O meu ressurgir.
Minha ave fênix.
Mastigar das cinzas.
Como um sub filhote vindo
do oco ovo do infinito.
Onde se tem fome de semente.
E por lá isso ser escasso.
Mas vivo e sobrevivo.
Tenho alma e isso não me escapa.
Faço do meu dizer um soar.
Que mesmo que dolorido possa
eu gritar.
E soltar de meu convívio meu velejar.
E não mais ser o que abana os romances
em capas empoeiradas longe de si.
Meu consultor de mim.
Meu retrocesso do avesso desamassar.
Não ser mais fantasma da fantasia e seu
hecto plasma.
Não ser o futuro estranho sem nobreza
só atando e fora de correnteza.