Queixas
Feridas do coração...
Mentiras de grande calibre em seu olhar,
Multidão de estrelas de pardo amor...
Calibrando o teu silêncio à mercê de seus sentidos, paixão incomum... Nua a sombra desse misterioso esquecimento...
Carícias Proibidas após o Pôr do sol das tuas pupilas,
Sentimentos passageiros que os teus pés tocam
Em fogo por caminhos sem destinos...
Múltiplas cores são a vergonha da tua paixão à vista dos teus olhos,
O arco-iris da tua traição.
Nada sabia eu de queixas,
Até que o pulso acelerou o bater do coração
E a cantar sobre os sentidos feridos,
Tornando uma triste pena a voar solitário...
Tocando fundo, veio um suspiro feito queixa da alma.
Se a noite é jovem, porquê esconde melodias?
Doem os pés! E descalços sobre a noite
Que viste luminares de cores pardas.
Quem me viu nascer, e a sorte me fez como estrela fugas sem rumo. Senti o calor do teu ventre quando ali crescia,
Foram longas as horas,
Ainda não encontrei repouso sobre a memória vivida.
A inocência talhastes em enxofre no voo dos teus desejos.
Que vestistes de terra a pureza de um filho,
Com ardio pensamento.
Pobre de mim por ter me gerado a semente da maldade.
Há de mim! Há de mim, dói a queixa até a alma.