TIC TAC

É o tic tac do tempo que corre e não nos deixa ser

Não nos deixa viver

Faz apenas sobreviver

Sem perceber, os dias passam em tons monocromáticos

Tons monocromáticos de um sorriso disfarçado

A alma já entorpecida pela monotonia

Monotonia dos meus olhos cansados, tristes e gelados

O mundo se tornou cinza e a consciência jaz num coma

Devorando-se a si mesma, dia após dia

E nesta infindável ânsia de fugir da realidade

Tento enganar o tic tac do tempo

E simplesmente existir.

Eduardo Portela e Trycia Mello
Enviado por Eduardo Portela em 26/11/2016
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