TIC TAC
É o tic tac do tempo que corre e não nos deixa ser
Não nos deixa viver
Faz apenas sobreviver
Sem perceber, os dias passam em tons monocromáticos
Tons monocromáticos de um sorriso disfarçado
A alma já entorpecida pela monotonia
Monotonia dos meus olhos cansados, tristes e gelados
O mundo se tornou cinza e a consciência jaz num coma
Devorando-se a si mesma, dia após dia
E nesta infindável ânsia de fugir da realidade
Tento enganar o tic tac do tempo
E simplesmente existir.