Destino ladrão
Sou pássaro sem asas
Querendo o infinito galgar.
Sou peixe fora d’água
Que perdeu seu habitat.
Sou uma pétala perdida
Vagando pra algum lugar...
Procurando talvez encontrar
Outras pétalas para me juntar
Formando uma nova flor
Que desabrocha ao calor do sol
E se desmancha
Com o orvalho do luar.
Sou criança sem carinho
Sou o beijo sem amor
Sou a noite sem estrelas
Sou um eterno sofredor.
Num labirinto de espinhos
O sonho se transformou
Pois o presente mais belo
O destino me roubou.