BRUMA ESPESSA
A bruma da serra se estende
À frente, por todos os lados
Apenas reflete meu eu
Frio, sozinho, melancólico
Esperança quase perdida
De um dia voltar a viver
Escondo-me na poesia
Enquanto respiro o sofrer
Parece que estou me rendendo
Ilusão, persisto lutando
Como um Dom Quixote soturno
Invisto contra a depressão
Até invento gargalhadas
No afã de vencer a peleja
Mas, no âmago, a bruma é espessa
Mais espessa que ao derredor