O sorriso que nunca some

Não consigo deixar de priorizar a quem eu gosto

A quem eu sinto

A quem eu me importo

Nisso me deixo de lado

Sei que é uma falha fatal

Mas a gente aprende a trabalhar com isso

Com o tempo

Gostaria que essa reciprocidade fosse mais recorrente em minha vida

Infelimente é algo que acaba sendo muito improvável

Porém, não vai diminuir o meu jeito de gostar, de amar, de me importar

Muito menos diminuir a intensidade do que essas coisas acontecem

Nem deixo morrer meu característico sorriso

Podem me chamar de insano, ingênuo ou o que vier na telha

Eu não sei, só sei que sou assim

Aguentei barra que marmanjos quebrariam em 2 palitos

Levantei pessoas de buracos que achavam impossiveis

Achei belezas e valores em quem se achava imprestável

Para poder ver olhares brilharem e sorrisos abrirem

Nisso o meu próprio ganha mais força

Pelo menos para manter-se mais um dia

Julga-se muito, absurdamente muito

Fala-se ainda mais, sem conhecer, ou tentar conhecer, de quem se fala

E palavras entram como navalha na carne alheia

Para que se preocupar com o lado humano se querem nos tirar o coração?

Eu, Quasímodo dos tempos atuais

Fora de muitos padrões ditos como melhores e corretos

Quebrantado por dentro mantenho meu sorriso

Esperando que possa sair do campanário

Sem ser massacrado pelas pessoas de fora

Que o filme 1 passe e o filme 2 logo chegue

Para abrir meu sorriso naturalmente

Verdadeiramente

Intensamente

Uma vez mais

Edu Campagnolo
Enviado por Edu Campagnolo em 18/11/2016
Reeditado em 18/11/2016
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