GRITOS NO SILENCIO

(Socrates Di Lima)

Grita o coração em vozes mudas,

Quando a alma pelos olhos chora,

Não são coisas absurdas,

Com certeza, ninguém a isto ignora.

Desassossegado o coração reclama,

Quando a tristeza chega,

No escuro a lágrima chama,

E dele não se arrega.

E chora...

No silencio de um dia,

Vem a noite e se acha que vai embora,

ledo engano, vem mais a melancolia.

Tristes ais...

Que faz o peito soluçar,

Com quem partiu para jamais,

Ao seu convívio voltar.

Não importa o que e quem,

Se a gente se acostuma e no silencio chama,

Um animal tambem,

Eh como gente que a gente ama.

E como doí a dor de perder,

A olhar o vazio que fica...

no espaço deixado de quem deixa de ser,

O olhar vivo do amor que justifica.

Doi....ah.como doí essa dor infame,

Que na garganta se enlaça em no,

Mesmo que a alma reclame,

Não importa, a gente fica só.

Eh assim que me sinto...

Num saudoso lacrimejar...

Eh saudade, não minto,

Não há nada que reponha seu lugar.

Ha gritos que se ouve ao longe,

Ha gritos que flutua feito incenso,

Ha gritos nos gritos do monge,

Os gritos mudos no silencio.

Eu não sabia que doía tanto,

A saudade de um ser de estimação,

Por isto não mais me espanto,

Que a razão se misture com a emoção,

E se transforme em solene dor...

E dai, me faca em qualquer canto,

Chorar pela ausência do meu querido THOR.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 11/11/2016
Reeditado em 11/11/2016
Código do texto: T5820317
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