Fonte de lágrimas
Fonte das lágrimas
De onde vem toda essa sua sede?
Esse desejo de beber da Fonte
Dos meus olhos
Porque me faz tão mal assim
Sabes que quanto mais triste
Tu beberas mais e mais de mim
Jamais te sacias maltrata-me
Da noite ao dia desde sempre
Foi assim ó infame sina
De ser eu à eterna Fonte
Dessas lágrimas sobre
Teu desejo eterno jamais
Se sacias bebes tudo de mim
Nunca te importas toda astuta
Malévola ainda não notou
Que quanto mais drena-me
Ainda fico mais forte
Me ver pequeno quieto
Olha-me apenas como objeto
Troféu das tuas barbáries
Chega mais perto pode encher
Teu cálice sorve até última gota
Talvez um dia se dê conta
Que de tanto me beber
Diluído todo o teu ser
Aos poucos fui empreguinando
Enchendo moldando inundando
Esse vazio tosco roto
Do teu carente ser
Um dia abriras os olhos
Nessa casa vazia onde jas
Imperava à vilania à maldade
Ambundara todo o amor
Proveniente do meu ser...
daquelas puras lágrimas da Fonte do meu ser.
Ricardo do lago matos