Fonte de lágrimas

Fonte das lágrimas

De onde vem toda essa sua sede?

Esse desejo de beber da Fonte

Dos meus olhos

Porque me faz tão mal assim

Sabes que quanto mais triste

Tu beberas mais e mais de mim

Jamais te sacias maltrata-me

Da noite ao dia desde sempre

Foi assim ó infame sina

De ser eu à eterna Fonte

Dessas lágrimas sobre

Teu desejo eterno jamais

Se sacias bebes tudo de mim

Nunca te importas toda astuta

Malévola ainda não notou

Que quanto mais drena-me

Ainda fico mais forte

Me ver pequeno quieto

Olha-me apenas como objeto

Troféu das tuas barbáries

Chega mais perto pode encher

Teu cálice sorve até última gota

Talvez um dia se dê conta

Que de tanto me beber

Diluído todo o teu ser

Aos poucos fui empreguinando

Enchendo moldando inundando

Esse vazio tosco roto

Do teu carente ser

Um dia abriras os olhos

Nessa casa vazia onde jas

Imperava à vilania à maldade

Ambundara todo o amor

Proveniente do meu ser...

daquelas puras lágrimas da Fonte do meu ser.

Ricardo do lago matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 08/11/2016
Reeditado em 30/03/2017
Código do texto: T5816686
Classificação de conteúdo: seguro
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