Mar, doce amargo lar
Desperto
és meia noite
De longe
mas, perto
O ressoar das ondas posso ouvir
A intensidade
em que recaem sobre as rochas.
Alcançando a beira da praia
A beira de nossas casas
batendo à porta.
Meus pensamentos se agitam
e a telecinese rapidamente alcança meu coração
A alta voltagem é perigosa
Por dentro é como um sistema prestes a ter um curto circuito.
Consegues ouvir ?
Não.
Por fora é um silêncio
Mas, por dentro é uma densa tempestade em formação.
Oh, não se envaidessas minha alma
quando as ondas se acalmarem.
Imprevisível
Elas gradativamente se enfurecerão
Não sussegarão enquanto não te jogarem pra fora desse barco.
Te fazendo regredir
Do caminho que estavas a prosseguir
Tirarão sua energia.
E sua esperança será naufragada
Oh, minha alma
não se atrevas a sentar na beirada desse barco
por segundos voltar a sentir a brisa do vento acalentar teu rosto.
Serás em vão
Sempre em vão
Desse mar agitado, intenso, profundo
que fiz de abrigo
Hoje se tornou minha maior prisão.