Solitário

Estou fazendo este poema,

Como quem nasce do nada.

Sem nada e sem dilema,

Como quem só tem problemas,

Um caminhar sem estrada.

É como ave que não voa

É como desilusão.

É um poema à toa,

É uma voz que não soa,

Nem entoa uma canção.

É como alegria sem riso,

Sol em plena solidão.

Um jardim sem paraíso,

Ser humano sem juízo,

Um pecado sem perdão.

O poema já existe,

E é só pra lhe dizer:

- Sou pássaro sem alpiste,

Agora estou muito triste,

por quê não tenho você

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 26/07/2007
Código do texto: T580396
Classificação de conteúdo: seguro