Colheita pobre

Tempos amargos, duros
Da fome da alma
Tempos da colheita pobre
De sentir a falta
Do plantar mais puro
Da semente nobre

Tempos difíceis
De colher o que plantou
A semente mal regada
A flor abortou
Só fome na alma
Foi o que restou

Tempos de estiagem
De colheita escassa
Na previsão do tempo
Um céu de desgraça
A única esperança
É que ele, tempo, passa.

(14/07/2016)