Quando a porta se abriu
Seus olhos me convidaram a entrar.
Talvez um pequeno sonho,
Uma invenção criada por meu coração.
Seja lá o que fosse,
Eu entrei.
Senti na pele o calor da vida,
O humor do bom momento,
Um alento para minhas lágrimas,
Um alívio para meu sofrimento.
Tantas coisas diziam aquele olhar
E sua tão louca tradução,
Fazia sentir-me frenético,
Devolveu a carne para o meu esqueleto.
Pensei em tantas letras para juntar,
Um poema para a vida inteira,
Um verso a cada dia,
A poesia inundando a alma
Na Iris conjugada às estrelas,
Silhueta coberta de risos,
Os braços assim, estendidos,
Ao corpo que lhe pedira o abraço.
E aconcheguei-me,
Como um recém- nascido
Juntei-me aos seus seios
E me alimentei de desejos.
O olhar que sibilava
À sílaba da palavra
Que jamais se calava.
O corpo que se juntava
No elo entre o vento e o espaço,
O traço mais perfeito do universo,
A sombra que existe porque existe,
O corpo sendo apenas um desenho
Nas páginas infindáveis da vida.
O olhar que soprava cílios descobertos
Sobre o meu peito aberto.
Minhas mãos juntadas ao colo
Que me servia de abrigo.
Mas aos justos não se serve o pão,
Somente o vão das entrelinhas
Que demonstram ser de outra,
E que nunca seria minha.
O olhar em digitais de amor,
No eco das escolhas imperfeitas
Foi pousar em outro ninho
Onde o ar é rarefeito,
Portanto, pouco se respira.
Seus olhos me convidaram a entrar.
Talvez um pequeno sonho,
Uma invenção criada por meu coração.
Seja lá o que fosse,
Eu entrei.
Senti na pele o calor da vida,
O humor do bom momento,
Um alento para minhas lágrimas,
Um alívio para meu sofrimento.
Tantas coisas diziam aquele olhar
E sua tão louca tradução,
Fazia sentir-me frenético,
Devolveu a carne para o meu esqueleto.
Pensei em tantas letras para juntar,
Um poema para a vida inteira,
Um verso a cada dia,
A poesia inundando a alma
Na Iris conjugada às estrelas,
Silhueta coberta de risos,
Os braços assim, estendidos,
Ao corpo que lhe pedira o abraço.
E aconcheguei-me,
Como um recém- nascido
Juntei-me aos seus seios
E me alimentei de desejos.
O olhar que sibilava
À sílaba da palavra
Que jamais se calava.
O corpo que se juntava
No elo entre o vento e o espaço,
O traço mais perfeito do universo,
A sombra que existe porque existe,
O corpo sendo apenas um desenho
Nas páginas infindáveis da vida.
O olhar que soprava cílios descobertos
Sobre o meu peito aberto.
Minhas mãos juntadas ao colo
Que me servia de abrigo.
Mas aos justos não se serve o pão,
Somente o vão das entrelinhas
Que demonstram ser de outra,
E que nunca seria minha.
O olhar em digitais de amor,
No eco das escolhas imperfeitas
Foi pousar em outro ninho
Onde o ar é rarefeito,
Portanto, pouco se respira.