Dói
 
 
Dói, partir  assim de si mesmo,
Deixar para trás a própria alma,
A essência da própria vida
E mergulhar no grande rio
Das coisas perdidas.
 
Dói dizer adeus sem dizer adeus,
Sem ter a chance de olhar, mais uma vez,
Nos olhos que nos reconhecem
E que enaltecem a nossa lida...
 
Ah, a dor de partir assim,
Sozinho, sem levar nada
Que nos ajude a seguir por esse reino da solidão
Onde não é permitido olhar para trás!
 
E lá no fundo daquele rio,
Após um despedir-se desabrido
Os olhos tentam achar uma razão
Para tanto amor, tanta paixão
Tão brutalmente interrompidos...



Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 20/09/2016
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