Colecionadora de Almas

Como uma sanguessuga és

Não das que o sangue aprecia

És uma espectral

Roubas a alma,

Sugas por completo

Algo místico que te sustém

Aspectos medonhos tens

Pele negra

Lisa

Viscosa

Rastejas até a jugular

Lhe tirando o maior bem

Deixando-o oco

Uma casca vazia

A procura da redenção

Algo totalmente inconcebível

Enquanto a parede do seu quarto

Repleta de almas está

Emolduradas ao mármore frio

Todas expostas ao teu bel-prazer

Elas choram

Gemem

Sentem dor

Este é o som

Da doce sinfonia

Que adentra teus ouvidos.

Matheus Lacerda
Enviado por Matheus Lacerda em 17/09/2016
Reeditado em 18/05/2019
Código do texto: T5764246
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