O Caminho De Um Guerreiro
O vento traz mais uma folha que se solta de seu lar, ela sabe que a revoada é um caminho inconstante, mas mesmo assim se solta, se seu vento for forte, pode-se conhecer o mundo, se fraco, irá parar no primeiro obstáculo, mas o que define o final do seu caminho não é a força do vendo ou sua inconstância, mas sim suas decisões, elas começam cedo; Quando se decide não brincar, mas caçar para que não tenha fome, sua força aumenta, o outono chega e todas as folhas caem.
Nascer lutando contra as adversidades da natureza, crescer lutando contra a pobreza, pegar em uma espada pela primeira vez, e saber que ali estava sua saída e sua primeira revoada, ser fadado a lutar do início ou fim, ser um guerreiro, então começar a decidir para onde seu vento vai, e com cada balançar de sua espada abrir um caminho, fatiar o destino cruel que ali te esperava, e mais uma vez passar por cima, mais uma vez caminhar de cabeça erguida perante tudo e todos. Cortei cada obstáculo, trucidei cada desejo inverso do meu ser, progredi sem hesitar, até o dia em que meu vento fraquejou, meus ideais estavam a prova, meu futuro dependia do brandir da minha espada, mas eu fraquejei e ali eu encontrei uma espada mais forte que a minha, um vento mais forte, que sentenciou outro rumo.
E a folha caiu lentamente, até que seu desejo fosse apenas descansar, pois seu caminho tinha sido longo e cruel, sua lâmina chorava e pedia por liberdade, e assim ele fez. A folha, não era mais verde, não tinha jovialidade, assim se transformou em ferrugem, a lâmina, o homem e a folha.