CAMINHADA SOLITÁRIA.

O homem que caminha só...

Caminha sozinho sem nenhum lugar para chegar.

Anda a esmo sem nenhum motivo para voltar.

Anda, anda sem vontade de parar,

alguns até lhe convidam a descansar,

mas desiludido, perdeu o brilho no olhar e a

capacidade de confiar, não atende a ninguém,

anda por andar, sem nenhum lugar pra chegar.

Alvorada ensolarada, mais um motivo para andar...

Aurora enrubrecida, então é obrigado a pernoitar.

Anda a procurar mas sem vontade nenhuma de achar.

Olha o horizonte, perplexo, para se nada enxergar.

Anda sempre sozinho, sempre com medo de se enganar.

Ao alvorecer bem cedo a vida vem lhe cumprimentar,

mas logo ao entardecer a solidão vem lhe abraçar.

Já não tem mais motivos para se entusiasmar ou apostar,

a vida se tornou grande e sua alma insiste em lhe ajudar.

Pobrezinha se agarra a tudo para aquele homem salvar.

Lhe aponta as belezas das cores, das plantas, dos animais

e do imenso mar.

A simplicidade, a bondade e a cordialidade,

mas o pobre homem já não se entusiasma

Continua andando e evitano olhar

Usa um sorrizo reluzente, mas na verdade,

já é um ser que alí jaz.

Mas sua pobre alma que o ama e de sua questão faz,

nutre a esperança que ele volte atráz...

Sua única companheira que não o larga jamais,

foi presente precioso, que Deus lhe deu anos atráz.

Compadecida de sua dor ela o inspira a procurar, mais,

na esperança que aquele homem lhe retribua um sincero,

singelo sorrizo mais...

Sergiominasgeraiss
Enviado por Sergiominasgeraiss em 11/09/2016
Reeditado em 02/05/2022
Código do texto: T5757556
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.