Contra as pedras
Contra as pedras
Eu vou me lançar ao mar
Mesmo sabendo que não sei
nadar
Mergulharei de cabeça sem mesmo ter força nos braços
Irei assim mesmo de contra ao mar mesmo que lance-me contra as rochas
Sem medo lutarei até a última das minhas forças
Irei nadar contra a maré ,não vou afundar
Lá serei forte contra tudo que vier contra mim
Das coisas estranhas que possa me atacar vindo das entranhas do mar
Não temerei esse mar das desilusões que devora os fortes
Fracos sem exceções ,afoga a todos mesmo os que nadam bem como os marujos arrojados
Que amam ao mar e a cada cais atracam seus corações
Mais por não ter medo de amar
que machuquei meu coração
Agora no desespero da minha alma só resta o mar das desilusões
Sei que vou lutar pra chegar ao
outro lado pra descansar na praia da solidão
Todavia se as tormentas me
Alcancarem pobre de mim
Aqui sobre toda essas águas
debaixo das ondas de lágrimas
Será o túmulo onde repousará
o esquife que guardará meu
magoado coração massacrado
Por te amar ,te amar ,te amar
E hoje ver tua imagem desfocada pelas lágrimas que afloram da dor da solidão
De te ter com os olhos
Com a boca quiçá no meu coração…
Ricardo do Lago Matos