O amor acabou.
O amor secou.
Instaurou o deserto
Mas havia uma beleza
intensa morando por lá.
Amor acabou;
Acabou ver seus olhos em meus olhos
Acabou sentir suas mãos como minhas,
E sonhar junto
E rir e chorar juntos.
E delirar conjuntamente
Nas tardes que morrem para a eternidade.
O amor acabou.
O último capítulo:
Furtos, traições e negociatas.
Frestas, feridas e mágoas.
Não nos falamos mais.
Não nos cumprimentamos mais.
Há um bloco sólido de ausência
indevassável.
Negamos nossas afirmações
diárias.
Se houve felicidade?
Não lembro
Se houve intimidade?
Não sinto.
Somos estranhos alheios ao tempo.
No final do túmel
não há uma luz.
Há na lápide de nosso amor.
A estranha inscrição:
Descanse em paz.
Densanse as carências,
as desilusões, as tristezas.
Engavete as esperanças.
Eu dei o meu melhor
Eu fiz o que pude.
E só queria ouvir de você
pelo menos, um adeus.
Nem isso fizemos
Deixamos reticências
a zombarem de nossa covardia.
Mas a poesia acena com
a saudade improvável
de quem um dia idealizado
foi amado e desamado.
O amor secou.
Instaurou o deserto
Mas havia uma beleza
intensa morando por lá.
Amor acabou;
Acabou ver seus olhos em meus olhos
Acabou sentir suas mãos como minhas,
E sonhar junto
E rir e chorar juntos.
E delirar conjuntamente
Nas tardes que morrem para a eternidade.
O amor acabou.
O último capítulo:
Furtos, traições e negociatas.
Frestas, feridas e mágoas.
Não nos falamos mais.
Não nos cumprimentamos mais.
Há um bloco sólido de ausência
indevassável.
Negamos nossas afirmações
diárias.
Se houve felicidade?
Não lembro
Se houve intimidade?
Não sinto.
Somos estranhos alheios ao tempo.
No final do túmel
não há uma luz.
Há na lápide de nosso amor.
A estranha inscrição:
Descanse em paz.
Densanse as carências,
as desilusões, as tristezas.
Engavete as esperanças.
Eu dei o meu melhor
Eu fiz o que pude.
E só queria ouvir de você
pelo menos, um adeus.
Nem isso fizemos
Deixamos reticências
a zombarem de nossa covardia.
Mas a poesia acena com
a saudade improvável
de quem um dia idealizado
foi amado e desamado.