SUPPLICIUM/CASTIGO
Ele a imaginou vindo decidida e o beijando a boca,
Sussurrando em seus ouvidos com sua voz rouca
Dizendo-lhe que estava louca ao lhe dizer, não...
Sonhou com ela chegando depressa e o libertando da prisão de estar apaixonado
Ou ao menos lhe absolvendo da doce condenação de amar sem ser amado.
Ela não veio…
Ele não se entregou mais à saudade que o sufocava quando não a via
Deixou de alimentar o desejo de lha sorver dos lábios um único beijo
Ele se foi…
Ela chorou com intensidade
As lágrimas banharam seu rosto deserto
Ela implorou… Disse-lhe a verdade...
Tudo o que ela quer dele é um sorriso franco e os braços abertos
É o mágico prazer de estar longe e o sentir por perto
Ela o quer por inteiro, sem culpas, sem interesses, sem ressentimentos
Ele voltou...
Vive o Suplício de Tântalo, quando está com ela, em tantos sublimes momentos
Um castigo e tanto, sentenciado por seus próprios sentimentos…