Tão podre quanto eu
Já fazem dez meses,
To vivendo uma comedia divina,
Tenho sido o palhaço nesse circo que virou minha vida,
Sorrindo dentro de um surto no fundo do poço,
Seu sorriso, seu olhar, seu amor,
São os pilares que sustentam,
Essa pirâmide de dor, ódio e rancor,
Corpo, alma e espírito sucumbindo!
Vai cadela, segue sua vida sem mim!
Eu sigo te procurando por ai,
Seus beijos em outras bocas,
Teus jeitos em outras mulheres,
Essa saudade é um veneno que bebo,
Todo dia um pouco, dói mais morrer lentamente,
Essas lembranças queimando meu peito,
Como esse cigarro que estraga meu corpo!
A vida ficou bosta desde que você se foi,
E a bosta virou nosso lar sem você,
E se você ler isso...
Não me procure nem me escreva!
Não quero sua pena,
Não quero seu ódio,
Não quero seu perdão,
Não quero nem te ver!
Você levou de mim o amor,
Levou com você meus motivos para viver,
Você é tão podre quanto eu!
E seu castigo sera a eternidade sem mim!