Gente esquecida
Gente esquecida
Diante de Tudo pelas veredas dessa vida
Ele em Passos curtos cansados
Quase moribundo continua
Mas não se entrega contabiliza os tropeços os machucados
Que traz no corpo já decadente
Enfraquecido dessa lida
Tanta luta muitos planos
Ora sonhos agora desenganos
Pesadelos que já naquela mente
Se faz presente por toda uma vida
Eternidade que o consente
Pra seguir com tamanha dor
Que se estende por todo corpo
Ora na alma ora na mente
Das coisas carrega triste sina
De descansar sobre as pedras
Que ele mesmo as carrega
Juntando-as com outras lhe servira como sepultura pra sua própria renascença
O que outrora fora um corpo viril
Hoje não passa de massa espremida e ressequida
Não teme à morte
Nem mesmo à sorte que se confunde
Com o acordar de mais um dia
Debaixo daquele sol
Nessa vereda da sua vida
Sempre ressequida
Pra esse triste espetáculo da vida
És mesmo vida tanto sofrer e padecer
Mais se alegrar quando deitar
E acordar ouvindo às gotas
Daquela chuva cair
Ao longe naquela terra
Tão ressequida
Traz esperança aos olhos
Cheios de lágrimas daquele moço
Que não se entrega
Corre pega às sementes e sua enxada
Sucando à terra já quase morta
Mais tem certeza que mesmo
Naquela pobreza cultivara
Os frutos de sua carne
Aos céus agradece por cada gota
Da preciosa chuva manhosa
Que deita na terra trazendo
À vida aquela terra
Daquele povo o minha gente
Desse país tão poderoso
Mais daquela jeito humilde
Tão esquecida....
Por: Ricardo do lago Matos